Olá leitores. Hoje vou falar um pouco sobre as tendências relacionadas ao uso do ATM, em face da grande disseminação dos serviços bancários através de dispositivos Web (smartphones, TVs e etc), e também do dinheiro de plástico (cartões de débito, crédito, benefícios e etc).
O primeiro ATM parecido com o que usamos hoje foi criado pela IBM em 1972. Desde essa época, o ATM tem ganho novas funcionalidades e serviços o que contribuiu para sua expansão até aqui. O ATM levou a agência bancária para outras localidades: para dentro do shopping, para a esquina das ruas e até para pequenos comércios e postos de gasolina. Enfim, o ATM se tornou indispensável para nossas vidas como a conhecemos, e é dificil pensar em algo mais cômodo do que essa elegante solução tecnologica. Será?
Estamos vivendo um momento muito excitante de fato, com várias tecnologias convergindo, e a Web 2.0 dirigindo a segunda grande onda da Internet, onde praticamente qualquer dispositivo eletronico, desde TVs, smartphones, passando até por microondas e geladeiras, saem de fábrica com a capacidade de nos colocar on-line com milhões de outros usuários no mundo.
O Internet Banking não poderia deixar de se beneficiar dessa oportunidade de aumentar sua penetração, e é isso o que de fato está ocorrendo. No meu ultimo post (CIAB 2011) eu mostrei um gráfico da Febraban que mostra como vem aumentando o uso do Internet Banking. Seu crescimento tem sido muito grande, e é provavel que dentro de poucos anos seu uso supere o uso dos ATMs, mostrando então a importancia desse canal para os bancos, e apontando também para onde esses devem direcionar seus investimentos nos próximos anos. Isso é um fato, praticamente todos os bancos além de manter seu Internet Banking bem atualizado, também mantém uma versão para smartphones e tablets (chamado tecnicamente de Mobile Banking), e bancos como o Bradesco agora trazem versões de seu Internet Banking para as TVs Inteligentes que têm invadido o mercado.
Ainda na onda da comodidade máxima, outros meios de pagamento tem enorme destaque, e com importância cada vez mais crescente. Os cartões como forma de pagamento estão presentes de diversas formas em nossa vida: crédito, débito, alimentação, refeição, transporte e etc. Junto com o cheque, todas essas formas do dinheiro diminuem a necessidade de se andar com "dinheiro real" no bolso. Afinal, todos eles são uma substituição ao dinheiro em sua forma física mais tradicional (cédulas e moedas).
E ainda tem mais. Mobile Payment, que é o uso do celular para realizar pagamentos. Essa modalidade tem ganho cada vez mais importância, e os principais empresários do setor de meios de pagamento acreditam que Mobile Payment será amplamente usado dentro dos próximos 4 anos.
Isso tudo estabelece o contexto no qual eu defini o título deste post. Qual é o futuro do ATM afinal, considerando que tudo aponta para uma perspectiva na qual o uso do dinheiro em espécie perderá cada vez mais a importância? Afinal, sacar dinheiro é um dos poucos serviços que não é possível de ser realizado via Internet Banking, da comodidade de sua poltrona na sala de estar.
Novos rumos para o ATM
É dificil prever quando o ATM perderá efetivamente o seu papel atual como repositor do nosso dinheiro guardado pelos bancos, mas é provavel que isso ocorrar a partir do momento em que não mais precisarmos usá-lo em espécie. O ponto é que ainda hoje boa parte da população recebe seu salário em espécie, e o pagamento em espécie é ainda o grande preferido da maioria esmagadora da população. Com isso, o ATM ainda tem uma boa sobrevida com seus serviços atuais ligados ao saque e depósito de dinheiro ou cheque.
Além disso, comparando com o mundo, há um amplo espaço de crescimento do número de ATMs aqui no Brasil. A densidade de ATMs por milhões de pessoas aqui é cerca de 700 ATMs por milhão de pessoas enquanto nos Estados Unidos esse número é cerca de 1400.
O que parece razoável que ocorra é um aproveitamento melhor da base instalada de ATMs, para servir a população com uma variedade maior de serviços como:
Maior Interatividade
O que parece ser ainda mais provável é o aumento da interatividade das aplicações de autoatendimento. Aplicações Web (baseadas em Browser), já são uma realidade e a tendência é que se aumente o uso desse tipo de aplicação, para poder usar recursos avançados de interatividade oferecidos por tecnologias Web como HTM5, CSS, Javascript e etc. Abaixo segue um vídeo do YouTube, de autoria do BBVA do México, mostrando um exemplo de como a aplicação de autoatendimento poderia ser mais interativa, e até mesmo o hardware do ATM com bastante mudanças interessantes. Tivemos algo bem parecido com isso também na CIAB deste ano:
Ainda na onda da comodidade máxima, outros meios de pagamento tem enorme destaque, e com importância cada vez mais crescente. Os cartões como forma de pagamento estão presentes de diversas formas em nossa vida: crédito, débito, alimentação, refeição, transporte e etc. Junto com o cheque, todas essas formas do dinheiro diminuem a necessidade de se andar com "dinheiro real" no bolso. Afinal, todos eles são uma substituição ao dinheiro em sua forma física mais tradicional (cédulas e moedas).
E ainda tem mais. Mobile Payment, que é o uso do celular para realizar pagamentos. Essa modalidade tem ganho cada vez mais importância, e os principais empresários do setor de meios de pagamento acreditam que Mobile Payment será amplamente usado dentro dos próximos 4 anos.
Isso tudo estabelece o contexto no qual eu defini o título deste post. Qual é o futuro do ATM afinal, considerando que tudo aponta para uma perspectiva na qual o uso do dinheiro em espécie perderá cada vez mais a importância? Afinal, sacar dinheiro é um dos poucos serviços que não é possível de ser realizado via Internet Banking, da comodidade de sua poltrona na sala de estar.
Novos rumos para o ATM
É dificil prever quando o ATM perderá efetivamente o seu papel atual como repositor do nosso dinheiro guardado pelos bancos, mas é provavel que isso ocorrar a partir do momento em que não mais precisarmos usá-lo em espécie. O ponto é que ainda hoje boa parte da população recebe seu salário em espécie, e o pagamento em espécie é ainda o grande preferido da maioria esmagadora da população. Com isso, o ATM ainda tem uma boa sobrevida com seus serviços atuais ligados ao saque e depósito de dinheiro ou cheque.
Além disso, comparando com o mundo, há um amplo espaço de crescimento do número de ATMs aqui no Brasil. A densidade de ATMs por milhões de pessoas aqui é cerca de 700 ATMs por milhão de pessoas enquanto nos Estados Unidos esse número é cerca de 1400.
O que parece razoável que ocorra é um aproveitamento melhor da base instalada de ATMs, para servir a população com uma variedade maior de serviços como:
- Pagamento de contas em qualquer ATM de qualquer banco. Essa é uma funcionalidade típica de correspondente bancário, e embora existam algumas dificuldades técnicas, essa é uma funcionalidade possível de ser implantada;
- Recarga do Bilhete Único e similares;
- Compra de ingressos para cinema e teatro;
- etc.
Maior Interatividade
O que parece ser ainda mais provável é o aumento da interatividade das aplicações de autoatendimento. Aplicações Web (baseadas em Browser), já são uma realidade e a tendência é que se aumente o uso desse tipo de aplicação, para poder usar recursos avançados de interatividade oferecidos por tecnologias Web como HTM5, CSS, Javascript e etc. Abaixo segue um vídeo do YouTube, de autoria do BBVA do México, mostrando um exemplo de como a aplicação de autoatendimento poderia ser mais interativa, e até mesmo o hardware do ATM com bastante mudanças interessantes. Tivemos algo bem parecido com isso também na CIAB deste ano:
É isso :)
Um comentário:
Fagner, se usa HTML 5 e javascript quer dizer que roda em um browser. E se roda no browser como funciona a integração com os vários dispositivos?
Abraços
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